Redação | GuiaViajarMelhor.com
Conheça a história e as belezas do Palácio Quitandinha, que foi o maior hotel-cassino da América Latina. A propriedade, que recebeu celebridades e eventos históricos, e atualmente funciona como centro cultural aberto ao público
Petrópolis é uma cidade que encanta pela sua beleza natural, seu clima agradável e sua riqueza cultural. Entre os seus diversos atrativos, um se destaca pela sua imponência e elegância: o Palácio Quitandinha, um monumento histórico que guarda muitas memórias e curiosidades.
A propriedade foi construída em 1944 pelo empresário Joaquim Rolla, com o objetivo de ser o maior hotel-cassino da América Latina. Com uma arquitetura inspirada no estilo normando-francês, possui uma área de 50 mil metros quadrados e 440 apartamentos, além de salões luxuosos, teatro, lago artificial em formato de mapa do Brasil e belos jardins.
Durante os anos de funcionamento do cassino, o Palácio Quitandinha recebeu personalidades famosas do Brasil e do mundo, como artistas de Hollywood, políticos, reis e presidentes. Diferente dos jogos que existem hoje em dia, como o Pin-Up Сasino, por lá as experiências ocorriam em um ambiente real, cercado pelo glamour dos anos 50. O local também foi palco de eventos importantes, como a declaração de guerra dos países americanos ao Eixo na Segunda Guerra Mundial e a 16ª Conferência Mundial de Bandeirantes.
Neste texto, você vai conhecer mais sobre a história do Palácio Quitandinhs e suas principais atrações. Prepare-se para uma viagem no tempo e na cultura dessa jóia escondida do Rio de Janeiro.
História do Palácio Quitandinha
O Palácio Quitandinha é um dos principais pontos turísticos e culturais de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Foi idealizado pelo empresário mineiro Joaquim Rolla, que já possuía outros cassinos no estado e em Minas Gerais. A construção foi realizada na Fazenda Quitandinha, propriedade que ele adquiriu em 1939.
O Palácio foi inaugurado em 12 de fevereiro de 1944, em meio à Segunda Guerra Mundial, com uma grande festa que reuniu cerca de dois mil convidados. A propriedade era única e proporcionava luxo, conforto e diversão para os hóspedes, com salões suntuosos, teatro, piscina térmica, praia artificial e muitas outras novidades. O cassino era o principal atrativo, com mesas de jogo, roletas e máquinas caça-níqueis.
Durante os anos de funcionamento do cassino, o Palácio Quitandinha recebeu muitas celebridades do Brasil e do mundo, como artistas de Hollywood, políticos, reis e presidentes. O hotel também foi cenário de acontecimentos importantes, como a declaração de guerra dos países americanos ao Eixo na Segunda Guerra Mundial e a 16ª Conferência Mundial de Bandeirantes. A construção era considerada o símbolo do glamour e da sofisticação da época.
No entanto, em 1946, o presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu os jogos de azar no Brasil, o que afetou drasticamente o funcionamento do Palácio Quitandinha. Sem o cassino, o espaço perdeu parte do seu charme e do seu público. Em 1962, deixou de funcionar como hotel e, no ano seguinte, Joaquim Rolla vendeu o palácio para um grupo de empresários que transformou os apartamentos em unidades residenciais.
Lembranças
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Orlando Frederico Klôh, de 91 anos, ainda guarda na memória a noite mágica de 70 anos atrás, quando o Quitandinha foi inaugurado. Ele trabalhou no palácio por 25 anos, exercendo várias funções. Começou como vendedor de cigarros no Salão de Jogos, depois foi assistente de garçom, garçom principal e finalmente maître d’hotel.
“A inauguração foi muito bonita. Eu gostei muito. Nessa época, eu trabalhava como vendedor de cigarros no Salão de Jogos. Mas depois, quando o jogo acabou, continuei e fui para o restaurante. Lá, servi Juscelino Kubitscheck, João Goulart, Carmen Miranda, quando passou uma temporada em Petrópolis, e tantos outros. Trabalhei 20 anos lá, saí para trabalhar em outra empresa, onde fiquei 10 anos, e voltei por mais cinco anos”, conta, em entrevista ao G1.
Orlando também se lembra dos eventos que o Quitandinha sediou. “Foi muita coisa boa. Quando teve o Miss Brasil com a Marta Rocha e os carnavais de lá também eram um espetáculo. Às vezes ficávamos três ou quatro dias sem voltar para casa. Gostei muito de trabalhar lá”, diz com saudade.
Centro Cultural Palácio Quitandinha
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Em 2007, o SESC Rio comprou a parte administrativa do prédio – onde ficam os salões e as áreas de lazer, já que os apartamentos são de propriedade particular – e iniciou um processo de restauração. Em 2023, o local se tornou o Centro Cultural Quitandinha, oferecendo exposições, shows, oficinas e visitas guiadas.
Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o palácio é aberto para visitação livre do público, que pode apreciar a arquitetura e a decoração originais do local. O entorno do lago também é uma área de lazer para os visitantes, que podem fazer piqueniques ou passear de pedalinho.
O Horário de funcionamento do Palácio Quitandinha é de terça a domingo, e feriados, das 10h às 16h30. A visitação no entorno do Lago Quitandinha pode ser feita de terça a domingo e feriados, das 9h às 17h (em caso de condições climáticas desfavoráveis, a visitação é suspensa).
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